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4.4.07


Ferida

Quando desejamos a mais afiada das espadas
devemos contar, por que não?, que
em corte
Também ela ferirá
mais do que todas,
profundamente...

3.4.07

saudade

Mora em minha ansiedade essa melancolia cálida
da imagem das coisas sem você por perto

O universo da sala, da porta, da mesa
Esse universo
sem você agora

sufoca -me aos ouvidos, narinas
Quer me matar esse universo que antes
abrigava o desejo em forma de fantasia
dos nossos fôlegos!


Sem você
é inevitável que esse universo morra em mim.

Depois que se come dez mil horas a fio
sem culpa
esperando alguém voltar

Não se pode enteder, lindo, como pode
nosso tempo, em contrário,
tão rápido, insistir em passar
outrora?Bendita noite!...

Duro destino feliz este
o meu
De caminhar por esta vida,insípida,
Vertendo as palavras em versos pobres como estes
Esboços pretenciosos da tua indizível beleza.



.saudade.