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30.6.09

clandestina

Entrei sem bilhete
Neste emaranhado de idéias
Invadi sem convite a tua história fechada

A intimidade é cerca latente
Da beleza de cada instante.

Por luas que vi no azul
Em noites que nunca morriam
Por vezes me lembro de novo:

Sou uma candlestina.

Esgueiro a tristeza ao longe
E acolho a solidão num copo de rum
Amargo as paredes ocultas deste porão de navio

Onde terminam minhas noites insones
Cujo destino não mais conheço

Reflito. Acendo um cigarro no outro.

Preciso traçar minha fuga para o mar
autonomia

Desconforto minhas idéias
Me transbordam os rubores e sucumbo
Num mar de olhares
No espaço refeito
Num mundo criado
Os corpos
um só

Confundo imagens,reflexos cristalinos
de águas perdidas em oases divinos
em terras distantes que jamais ousei

E me perco sempre novamente...
[Preciso de autonomia]

Suores fugazes selam pactos velados
E continuo vagando perdida
por estradas que duvidei
e continuo tentando achar
meu necessário caminho de volta.

29.6.09

livre

Retiro as tramas presas ao chão
Em pino esgio que fere o solo

[o evento dura dois olhares
ao som das folhas úmidas da invernia]

e me liberto.

Ganho o caminho penetrando em veredas
Meu rosto sorri
O cabelo me prende aos olhos
Descubro o vento que me abraça em franca corrida

Agora está distante.
Esqueço o que ficou para trás...

27.6.09


Ás vezes meus passos avançam etéreos
Contrariando o meu modo ideal de parecer

Queria não querer
Sentir vontade de ninguém

Queria não querer
queria não querer

Tolice a vida inteira
meu encanto
Pelas dores
Negando alegorias
Donas de todas as cores

Eu me encontrei e me perdi.
Labirinto

Debruçada no telhado da insegurança
Apeguei em mim mesma
E me salvei.

Parei para pensar em todo resto
Em tudo aquilo que me rodeia
E que existe quando não tem você

Na senhora que sempre olha com a cara feia
Porque o sinal está fechado para pedestres
Na briga entre dois flanelinhas do outro lado da rua

Parei para atravessar também.

Por que será parei de ver essas coisas quando te vi?
[É um evento parado mesmo, uns versos só]

Talvez eu fuja do rapazinho que pede um trocado
Quase em silêncio
Saio fingindo que não vi

Amar é andar vendado por um labirinto.

11.6.09

Angústia
desconforto no vão da calçada
Que ameniza as drágeas malditas que enfrento derramar
sobre a língua devoradora

Miragens, enganos como sombra de caverna