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28.12.06

juízo

Não devo não-controlar
uma eventual vontade súbita
que me pode advir
assim
de repente

e perder meu juízo.

18.12.06

Nadja [Desencanto]

Vivendo atônita nessa sociedade em pânico, envelhecida
sóbria
ela carrega a culpa de quem tem o mundo nos ombros.

Não bebe, não fuma, não pensa em pecados [devaneios]

Somente reza espantando os maus fluidos.
Mas será?
não os vê
quando espanta?

Mora sozinha esta moça, em seu desencanto.


início

O dinheiro aos poucos vai virando a cabeça de toda gente. Cresce na mão daquele que pouco crê, some, debaixo dos olhos do velho tolo que saboreia as mulheres na praça.

O cotidiano atropela a expecativa, desenrola, macera...não quero ver quem dissera que o tempo
existe. É só mais este, aquele e aquele outro dia e tudo que vejo, que falo, me traz histórias já contadas...finais que já conheço.

Era só eu, criatura,
que andava agora mesmo atrás
do começo?

Então me diz....
onde?
o início, o caos , o verbo....

16.12.06

dilema

De que vale caminhar por dilemas que sufocam a alegria ?

A semente do feio, do grosso e do rude já foi jogada,
não há porque fugir [nem para onde]

Agora nos resta apenas sermos felizes.

De que vale caminhar por dilemas,
mágoas que rezam estradas,
imagens que sopram matizes...