"Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda."
Clarice Lispector
Pesquisar este blog
30.7.09
27.7.09
Abandonei a frieza
que me acolheu após a morte
Encontrando atalhos desconhecidos
Fugindo do tédio da solidão
Que importam
bravuras de uma independência insana?
Esvaziando os sentidos
Amordaçando novos caminhos?
Encontrei, pois, a loucura
Cercada de medos idiotas
Impune ao crime de se furtar
Deitou-me nos braços
A morte
novamente.
O teto bem branco, os olhos vidrados
A mente vazia
Horas em minutos,
dias em segundos
A vida não segue.
Sobrevive.
que me acolheu após a morte
Encontrando atalhos desconhecidos
Fugindo do tédio da solidão
Que importam
bravuras de uma independência insana?
Esvaziando os sentidos
Amordaçando novos caminhos?
Encontrei, pois, a loucura
Cercada de medos idiotas
Impune ao crime de se furtar
Deitou-me nos braços
A morte
novamente.
O teto bem branco, os olhos vidrados
A mente vazia
Horas em minutos,
dias em segundos
A vida não segue.
Sobrevive.
15.7.09
inservível pensamento
A idéia de que elaAinda que discreta
[como retira-se o outono quando chega a invernia]
pode tornar-se apenas imagem atrás de minha retina
retida
e que, distantes,
seus doces olhares
deixarão de encontrar os meus
não me entrega à credulidade da vil
ausência
O inservível pensamento em derredor
que amedontra o sorriso inocente
reflete funestos semblantes que me habitam
e entristeço.
Outrora, a vida era pura
e os horizontes arredios já deitados
protegiam nobres flancos de alvura
Auroras nasciam fartas de cor
espalhadas por um tempo que
nunca terminou
...eu te encontrei e te perdi.
14.7.09
9.7.09
loucura

Frente à vida que despedaça
Imagens perfeitas da ilusão acolhedora
Procuro o alento de cada instante
Há um halo de odores revolvidos
são lembranças já guardadas
não lembradas...
Quedo, ás vezes afundo, em um poço
de mim mesma
E lá permaneço
Se sobrevivo,
Quase me esqueço
Horizontes levantam-se em maestria
velando desdenhosos
meu declinar
A espera do por-do-sol
conto o tempo
Procuro a escuridão envaidecida
E me escondo
Volto ao porão de minhas máguas
Repito meu rosto em cima dos joelhos
Choro e rio, a fim de nada
desabo em migalhas
enlouqueço...

Frente à vida que despedaça
Imagens perfeitas da ilusão acolhedora
Procuro o alento de cada instante
Há um halo de odores revolvidos
são lembranças já guardadas
não lembradas...
Quedo, ás vezes afundo, em um poço
de mim mesma
E lá permaneço
Se sobrevivo,
Quase me esqueço
Horizontes levantam-se em maestria
velando desdenhosos
meu declinar
A espera do por-do-sol
conto o tempo
Procuro a escuridão envaidecida
E me escondo
Volto ao porão de minhas máguas
Repito meu rosto em cima dos joelhos
Choro e rio, a fim de nada
desabo em migalhas
enlouqueço...
Vazio
Nobres anseios
Disfarçam
uma vida medíocre
De promessas não cumpridas
E a assim,
despretenciosamente,
desenhada e explícita prisão moral
Se instala
De existir a cada dia,
acordar todas as manhãs
De sorrir sem ter motivos...
Vazio insuportável!
Eu te suplico, pois, que vá embora
O corpo cansado já não pode mais,
A alma perdida agoniza em derradeiro,
A mente confusa implora toda paz.
Nada acontece.
E as pessoas contentes na rua
Me passam alheias a toda dor
Infames felizes pessoas...
[Termino meus versos mais triste]
3.7.09
moribunda
O meu corpo tísico
Embora debruçado ante
As trincheiras da solidão
Não declinará
E a morte cálida de fantasia
E os devaneios que irrompem a alma
Sentirão meu peso no fim de toda queda
Andarei moribunda, talvez
A espreitar alegrias alheias
Do pranto melodioso
escreverei todos os versos
Que encerram o silêncio de uma ausência
Mas não declinará
Este corpo que carrega alma infinita
Alma trôpega, ébria
Precisa caminhar, sobreviver...
certos caminhos
Faz me rir
o inocente brinquedo
Num jogo de fatos e palavras
e eu conheço certos caminhos
esbarro certos atalhos
desdenho enfeitando
com lírios corais
taciturna e desmedida timidez
que encontro
Roubo teus doces olhares
moça,
que me enfrentam em derradeiro
os olhos que escondem todo o amor
insano
Acomete tua pele macia da permissão de minhas mãos...
Assinar:
Postagens (Atom)