e o dia passava
O que já se conhece se despreza com maestria.
O que se domina também.
Decerto, não se estranha que a rudeza de um momento possa
acalentar mil léguas de sofrimento, embora já não se saiba quanta
mágua ainda há por vir;
de sofejo,
Contornando.
E o medo, abraça um instante.
Poderia-se lembrar
do homem à cavalo que se vira na infância
a passear tranquilo nas esquinas que nunca se formaram
por que quando era moleque a roça era a casa
E em roça?
E em roça tinha caqui que se pegava fresco e manso
para degustar cada pedacinho de prazer que, inavasivo,
acometia a alma
Em roça...era tudo em forma de caos,
Mas era mais bonito.
E o sentimento de segurança envolto a tanta liberdade.
Agora, é sentir-se preso. Dentro de si mesmo.
E aquela franqueza ferina insistia em ecoar
Na caixa do crânio
na veia salta
No cenho franzido que acompanhava goles a seco.
Aquilo deixava a roça de lado.
Deixava também os piques e as cordas
as cordas, com música, todos cantavam
Dizia a música quando entrar, quando sair...
e o dia passava
E o medo mais hostil era a hora do banho
De parar com a brincadeira
Agora parecia que o escuro havia sequestrado
O roxo vespertino indizível
E um querer de sentir bem longe. Até não sentir.
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